segunda-feira, 13 de julho de 2009

DESEJOS SELVAGENS"Desejos selvagens, vão embora!...Não vê que não suporto mais?Perdi o sono, a fome, a sede E nada ganhei. Somente perdi.Por que é que eu fui deitar-me na rede Onde, nua, pela primeira vez, a vi!?...Cadê o ensanguentado trapo que vestias?Será que tu o destes a alguém?Os panos que, a tua carne, escondiaTu não devias dar a ninguém!!Desejos selvagens, vão embora!...Não vê que não suporto mais?Arrombada, encontro a porta de tua casa Andei vinte dias para te ver Quando chego, descubro que ganhou asas E que essas asas tinham o desejo de bater...Que horror! Oh, cidade maldita!...Que graça há nessa desgraça?...Ah, Metrópole de extensão infinita,Sem ela ficastes tão sem graça!...Desejos selvagens, vão embora!...Não vê que não suporto mais?"

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