terça-feira, 16 de fevereiro de 2010


Acordo no vazio da noiteOuvindo os sons noturnos,Meu peito arde,Minhas mãos tremem,A pele arrepia ao toque do vento...Imagens distorcidas invademA minha mente,O coração pulsaFreneticamente,E queimaE ardeE delira...O coração motivado meuPor estranhas vibraçõesDo mais vermelho breu,Breu de insana dedicaçãoAos meus gemidos de dor,Gemidos sem cor,Gemidos sem sabor,Gemidos que adoro...Como adoro gemer em dor!Como adoro ser dolorosa demais!Como adoro rasgar o meu peitoE gritar gritar gritar gritarGritar Gritar Gritar GritarGRITAR GRITAR GRITAR GRITARDE DOR DOR DOR DOR!!!Meus lamentos de dor são inaudíveis...Me perco em sangue e em delírios...As paredes brancas me envolvemE meu sangue as tinge loucamente...Todo o frio penetra em meu peito...Aberto...Rasgado...Sangrento...Minha alma se esvai pela fenda vermelhaE dolorosa,A alma que jamais tive...E meu corpo pálido agora ganhaOutra cor...Estou dolorosa e sangrenta no meioDa noite...Carregando um peito laceradoE em chamas...As camas onde sangro são podres,Eu estou podre em sangue,Eu estou podre em sangue,Eu estou adorando estar podreEm meu sangue...Peito meu rasgado dói...Dói e eu gosto!Eu gosto e aprendo a adorar mais,Sou uma aluna da escola do sangue,Do meu sangue caindo,Caindo pela pele podre minha,Caindo podre,Caindo minha...Caindo em meio ao caosFlamejante e vermelho,Onde minha dor e loucura se misturam...Seguro meu peito,Sinto o sangue escorrer entre os dedos,Sinto o calor,O cheiro...Seguro-o firme,Contendo-o,Não quero ainda morrer...Apenas sangrar...Sangrar...Sangrar...Deito em minha camaAgora totalmente vermelha,Admiro as manchas,Todas elas,Fecho os olhos,Acordo para a Eternidade...E abro mais a fenda em meu peitoPor toda a minha estranha eternidade..

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