quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


O VAMPIRO Tu que, como uma punhalada, Em meu coração penetraste, Tu que, qual furiosa manada De demônios, ardente, ousaste, De meu espírito humilhado, Fazer teu leito e possessão - Infame à qual estou atado Como o galé ao seu grilhão Como ao baralho o jogador, Como à carniça o parasita, Como à garrafa o bebedor - Maldita sejas tu, maldita! Supliquei ao gládio veloz Que a liberdade me alcançasse, E ao veneno, pérfido algoz, Que a covardia me amparasse. Ai de mim! Com mofa e desdém, Ambos ma disseram então: "Digno não és de que ninguém Jamais te arranque à escravidão, Imbecil! - se de teu retiro Te libertássemos um dia, Teu beijo ressuscitaria O cadáver de teu vampiro!

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