quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Espelhos
Um minuto de silêncio em memória dos meus sonhos,todos ao chão, espostos aos olhares reprovadores das pessoas ao redor;todos mortos e calados, depois de gritar incansavelmenteem busca de atenção, compreenção.Todos afogados no amargo veneno chamado de realidade,caídos como anjos que quebraram as asase deixaram meu paraíso,mais chamado de imaginação.Os portões de ferro ilusórios,como o brilho de seu sorriso em meio tuas próprias lágrimas,me separam da esperança de viver em harmônia com a trágica orquestra tocada do outro lado espelhoPois a minha alma não está refletida,e só a imagem é o que importa nesse mundo que eu vejo,o medo está impresso nos olhosmas só serve para realçar-me as feições.As faces gélidas do meu reflexo,mostram o quão errado é este conceito;Ele pode idolatrar a imagem e exaltar a beleza,mas tudo indica que está morto.Seu mundo gira em torno de ações externas,ele não teria o que refletir se não fosse o real, o vivo.O espelho não passa de um retrato mortoque nos tira a vida para viver.

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