domingo, 21 de março de 2010

Cascata

Coração pequenino é o meu, sozinho e frio
Cujo sangue é gelado e envenenado
Amargando na noite tão longa
Esperando um amor que o cure.

Coração doentio é o meu, solitário e estranho
De fogo que queima e castiga
Se tornando cinzas, um pó sem valor
Esperando que um sonho o salve

Tão pequeno ele foge de tudo que o fere
Se retraí, se contrai, se aperta, pequeno quase some!
Sufoca, rola no chão, chora, sangra e se perde
Grita sozinho, escuta um eco, se alegra
Era ilusão! Nunca responderam á meu chamado

Gritei na multidão muda que me rodeia
Um grito fervoroso, um choro copioso de amor
Em resposta o silencio mais bruto, adaga que me fere
Ah! Coração meu,te lavei nas correntezas de meu pranto
Que consolo tenho eu senão o som da madrugada?

Coração pequenino é o meu, sozinho e frio
Cujo sangue é gelado e envenenado
Amargando na noite tão longa
Esperando um amor que o cure.

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