quinta-feira, 25 de março de 2010

Solidão,
retomou o seu lugar
me sinto abandonada...
Minhas lágrimas fluem livremente
e minha dor é profunda e real

Sozinha
Eu choro em silêncio
e no mais profundo do meu ser
esta ferida é profunda.
Como faço para consertar
meu coração partido ?

As memórias tristes de minha vida,
são as que permanecem
e eu grito em desespero!
Mas, ninguém me responde...
Meu coração solitário clama
e ninguém está por perto,

Lágrimas que fluem livremente
rolam em meu rosto
Eu estou gritando agora.
Socorro é o que necessito!

Sinto-me
morta por dentro...
Meu coração dói.
Parece que nada pode oferecer alívio

E a cada dia que passa
É como se eu estivesse indo ao inferno...
Estas memórias não vão me deixar.
Meu coração não vai curar
A dor que eu sinto por dentro
Continuará profunda e real!
Encontro-me mais uma vez à beira do abismo sem saber o que fazer, o que dizer ou como agir. O meu castelo de sonhos, esperanças e risos de criança desmoronou por completo. Só sobraram ruínas, escombros e pedaços lamacentos e encobertos pela névoa. Não há mais por onde lutar. Querer ser alguém é algo que se tornou inteiramente impossível. A loucura da depressão ganha terreno e nem os pequenos momentos de felicidade atenuam-na. Estou perdida por entre nevoeiro e neblina escura, cantando o fim e a solidão. Os jardins de meu pensamento secaram ao toque da realidade. Os sepulcros que outrora se encontravam distantes, hoje aproximam-se chamando-me para perto das almas danadas que em tempos choraram o mesmo sangue que eu. Não há mais lugar para mim. Não há mais forças nem mais esperanças. Quero viver cantarolando e rindo ao longo de prados e planícies, ser a criança pura e ingénua, aberta a todas as sensações e a todos os sonhos de outrora. Mas é incompreensível que depois de tantos anos me sinta acabada. Morta e exausta de tanta luta por nada. De tanto sofrimento por vazio...


Baixo as mãos e ergo os olhos até ao céu. Escuro e triste, silencioso e ausente, vejo o futuro ali estampado. É o que me resta. O vazio e a ausência. A tristeza e a demência. Para sempre ser errante... perturbando a paz desta voz que caminha e caminha, perseguindo o mesmo destino: a morte do sentido e a fuga deste corpo...

domingo, 21 de março de 2010

Choro pelo sangue seu

Choro pelo sangue derramado, o sangue seu
Sinto o gosto amargo de meu desespero
Escorrer pelo alcool que corre em meu corpo
Sinto em minhas lágrimas que quase correm
como umas lágrimas que tuas órbitas negaram
Choro pelo sangue seu!

E pela noite, o frio intenço cobre o corpo
Sinto por dentro algo que não consigo explicar
Faço de tudo para aguentar, para não chorar
Mas o sangue, a bebida que corre nestas veias
Me pede para te matar de meu peito - implora...
Para aos poucos te matar em meu coração

Meu orgulho impõe nas amagruras que sinto
Tenho no que vejo, a sua falta, a sua exencia
Tão distante da minha, que sinto vontade de m....
Sem sua presença para me confortar neste momento
Eu quero rapidamente morrer!

Cavo as orbityas de sua face, um recanto sombrios
Dos sontes meus, que resguarda minha tristeza
A sós,suspirei o teu nome para os ventos da noite
Minha mocidade é triste, morro perante a ti
As mágoas sem fim me desesperam ...
Afoga o que tu plantaste e mateste... meu peito

Mas a noite que eu lhe ofereci, dos prazeres sanguineos,
Dramástica negaste, eu agora serei apenas fosfato de cálcio
Hoje, meu peito arde numa chama imaginária de meu ser
Quando seu nome a minha fronte é proferido, própriamente dito
Eu sinto que a cada minuto que passa nesta triste vida
Eu lentamente parto, eu morro, eu morro.

Descupai-me por qualquer ofença, ou qualquer coisa dita, eu estou ébrido, minha bebida me acalma diante de uma nova dessepição amorosa, que era pura mentira.
Será que e tão dificil realmente amar e ser amado?
Será que algum dia alguem realmente dirá que me ama sem ser uma mentira?
Peço para que desculpai os cantos deste sabiá, mas ele está morrendo por causa da tristeza.
Cascata

Coração pequenino é o meu, sozinho e frio
Cujo sangue é gelado e envenenado
Amargando na noite tão longa
Esperando um amor que o cure.

Coração doentio é o meu, solitário e estranho
De fogo que queima e castiga
Se tornando cinzas, um pó sem valor
Esperando que um sonho o salve

Tão pequeno ele foge de tudo que o fere
Se retraí, se contrai, se aperta, pequeno quase some!
Sufoca, rola no chão, chora, sangra e se perde
Grita sozinho, escuta um eco, se alegra
Era ilusão! Nunca responderam á meu chamado

Gritei na multidão muda que me rodeia
Um grito fervoroso, um choro copioso de amor
Em resposta o silencio mais bruto, adaga que me fere
Ah! Coração meu,te lavei nas correntezas de meu pranto
Que consolo tenho eu senão o som da madrugada?

Coração pequenino é o meu, sozinho e frio
Cujo sangue é gelado e envenenado
Amargando na noite tão longa
Esperando um amor que o cure.
Sempre dizem que herdei esse mal gênio do meu pai
Ou que eu apenas fiquei louca por que nunca realmente me amaram ...
As vezes não sei se o que realmente desejo é ver a luz
Ou a verdadeira escuridão...

O tempo congelou tudo ao meu redor
Magoas , tristezas , lembranças enfim é apenas o que prevalece aqui
Não sei se me enxergam
-Ou talvez sim , talvez tenham medo de se aproximar-

Será que existe luz para mim ?
Será que além de daqui de dentro existe algum sopro de vida?...

Eu almejo as estrelas na esperança de ter alguma luz
Mas como pode um grão de areia almejar uma estrela lá do céu?
Como eu posso criar esperanças sabendo que a luz do amanhecer ocultará seu brilho...

Por quê a vida é pura ilusão ...?
Não consigo alcançar as estrelas , não consigo ver a luz
Será que a saga foi feita quando nasci ?
Será que estou condenada a morrer na fria e melancólica escuridão ?