sábado, 26 de março de 2011

Ela esperou congelada
Sem conta de quantos invernos
Sem conta das madrugadas
Vagando sozinha na noite
Fazendo do vento
O mais cruel açoite
Ela esperou congelada

Enterrou o sentido de tudo
Vendeu a alma a uma coruja
Fez da solidão o mais forte escudo
De Princesa da Luz para Rainha das Trevas

Ela manteve-o tão perto!
Mas precisou deixá-lo ir
E se pergunta em noites escuras
Se vai preencher o deserto
Que por ele a fez fugir

Prometeu vingança
Ao ver o sangue dele no chão
Precisou sufocar a esperança
De escutar dele o pulsar do coração

Beijou-lhe a face fria
A terra já se fazia molhada
Pelo pranto que dos olhos escorria
Que a fez permanecer congelada

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